sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Poema Para o Sono de Marta




Por Hilton Valeriano.

As razões de quem ama
não são argumentos.
Estratagemas para sentimentos
no amor não se pode tê-los.
As evidências de quem ama
são fatos secundários
como as alamedas
no mês de maio.

Os amantes sabem
do improviso
– flor casual do destino.

É possível que o amor seja
mesmo sem a convicção dos teoremas.
Leve – como no sono se propaga
o sonho em Marta.




EPIGRAMA (1)

Marta, para todas as horas possíveis o amor.
Assim o ciclo remissivo das estações
traz à primavera a esperança em flor.


EPIGRAMA (2)

Marta, preciso é o tempo a recobrar sua lição.
Assim a complacência dos gestos e sua missiva.
Circunscrito no horizonte da palavra
o amor é mais que uma definição.


EPIGRAMA (3)

Marta, assim principia o amor:
Inelutável como a aurora,
a luz do Criador.

EPIGRAMA (17)

Marta, não saberia dizer
do amor sua verdade.
Apenas sua condição
e o que desejamos que seja:
dádiva congênere da Natureza!

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