sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Quando Tudo Acabar.


Por Gelmirez Fontes

Dedicatória

Aos que se nutrem de ilusões desfeitas
E de imperfeitas realizações
Dedico a solidão com que te enfeitas,
Alma prenhe de arrítmicas canções...
Aos que procuram, junto à frases feitas,
Esmaecidos ecos de ilusões,
Dedico de minh’alma as mais perfeitas,
Mais insensatas reverberações...
Aos que pressentem dentro de si o intruso
Murmúrio de uma música que insiste
(sem que pra ela se ache qualquer uso)
Dedico esta beleza que ainda existe.
Porque, se pelo belo me conduzo,
Inda não sou completamente triste.



Íntimo Desejo

Quando todos os rios de mim se apartarem
E já não houver mar
Onde eu possa morrer
Então eu quero morrer
Quando as fases da lua não mais me atuarem
E já não houver luar
Para me enlouquecer
Então eu quero morrer
Quando todos os bares se esvaziarem
E já não houver bar
Onde eu possa beber
Então eu quero morrer
Quando todos os loucos enfim se curarem
E um doido não se achar
Para me convencer
Então eu quero morrer.



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